Resistência ao crescimento V
Tolerar e aguentar o Caos não é melhorar com o Caos. Existe uma enorme diferença entre essas duas coisas.
Os músicos do Titanic tocaram até o final. Eles sabiam que iriam morrer e fizeram o melhor até o fim. Isso é melhorar e crescer com o Caos.
O Caos são as mudanças que acontecem o tempo todo. Grandes ou pequenas. A invenção do computador pessoal foi um evento caótico. Quem se adaptou e incorporou isso, evoluiu e cresceu.
Quando incorporamos o Caos na nossa vida passamos a ser um agente da mudança. A mudança é inevitável. É por essa razão que a zona de conforto é trágica. É uma luta inglória.
Quando acontece um evento caótico a pessoa se retesa e luta contra a mudança. É isso que causa todos os problemas.
Ilya Prigogine, Nobel de química de 1977, com a Teoria das Estruturas Dissipativas, falou praticamente a mesma coisa. Todo sistema ou evolui ou decai. Quando temos uma estrada de rodagem que atingiu o limite de tráfego, a solução não é dobrar a estrada e sim dar um salto acima com um novo paradigma de transporte. Portanto, aumentar a solução linear não adianta nada. É o que acontece quando se faz mais do mesmo.
A pessoa que espera o Caos já se preparou para isso. Ela estudou e trabalhou antes para essa situação. É por essa razão que as pessoas deveriam ter duas ou três profissões. Conhecerem inúmeros assuntos profundamente. Estudarem todo tipo de coisa e estarem preparadas para terem pelo menos três profissões durante a vida. Uma pessoa assim nunca será surpreendida pelo Caos. Está preparada para tudo. Ela antecipa o Caos na vida dela. Ela se impõe desafios continuamente dando o máximo de si em tudo o que faz.
É claro que não é fácil fazer isso. E é por isso que são poucos os que se destacam na multidão. São os que nunca estão satisfeitos com o que fizeram. Fazem mais e mais para atingir a perfeição. E para fazer isso basta estudar sem parar. E isso qualquer pessoa pode fazer.
O Tempo é a ferramenta que o Caos usa para fazer com que tudo cresça e evolua. Como se diz: é só questão de tempo.
Hélio Couto
